Eu sei que vocês tão aí desesperados, apertando o F5,
achando que o leitor de RSS tá com defeito, pensando que eu morri… Mas calma
nada de pânico. Não morri e nem o leitor de RSS de vocês não tá com defeito. Eu
voltei, pra dar uma explicação pra vocês por não estar escrevendo todos os dias.
Não estou em crise, não estou trabalhando e nem estou vagabundando como de
costume. É que agora estou me dedicando ferozmente ao meu ensino médio, já que
eu pretendo concluir ele antes de completar trinta anos. E aceito sugestões de
temas, textos, assuntos, fotos de biquíni, criticas, elogios,
elogios, elogios, enfim, aceito de bom coração a contribuição de vocês.
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Desde criança eu sou um cara muito desligado. Nunca gostei
de estudar no sentido “escola” e em nenhum sentido. Gosto de ler, mas estudar com
professor e tudo mais, nunca gostei. Mas tinha uma coisa que me faz estudar,
além de fazer trabalho em grupo com a garota mais linda da sala e as promessas
de recompensa caso seja aprovado é comprar um caderno novo. Cara, isso é tudo! Durante
o ano inteiro eu não usava nem dez folhas do caderno. E quando usava, nove eram
desenhos de homem palitos. Mas no final do ano o caderno tava todo ferrado,
fedido e coisa e tal. Então aquele caderno ia pra pilha de cadernos não utilizados
e eu ia lá comprar um novo.
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Essa é minha vida, esse é o meu clube. |
Quando eu comprava um caderno novo, eu também comprava
canetas, borrachas, apontadores e todas aquelas coisas que eu sempre perco por
ai. E eu saia da papelaria pronta pra dominar o mundo, pra ir pra Harvard e
botar o Bill Gates pra trabalhar pra mim como doméstica. Eu tava de caderno novo e ninguém me
segurava! Ai eu ficava esperando
inquieto, a professora entrar na sala, doido pra começar logo e encher o meu
caderno de equações e textos. Eu só ia tirar dez e ia ser o dono do Google com
meu caderno debaixo do braço. Ai as aulas começavam e eu enchia sete paginas do
caderno nos primeiros dias de aula, fazia o dever de casa e tudo mais. Na
terceira semana eu já nem levava mais a merda do caderno pra aula, muito menos estudava
alguma coisa.
Só que dessa vez eu não vou e nem posso deixar o caderno em casa.
E a empolgação vai continuar, até porque eu estou prestes a conquistar o mundo,
ganhar um Oscar antes dos vinte anos e comprar um Porche e daqui um ano já
estar morando em uma mansão em Paris com duas secretárias loiras que andariam
somente de colares floridos, e nada mais, me servindo.