Mentiras Sinceras

É galera, podem  parar de chorar, e cancelem esse abaixo-assinado de  três milhões de assinaturas. Estou de  volta. É estou de volta. É só para vocês desistirem de se matar por minha causa, e não ficarem depressivos porque me ausentei  esses dias.

Sim estou de volta. Só que desta vez estou solteiro. Isso não é novidade, meus namoros  são que nem TPM:  eles vêm com uma força do cacete. Fazem chorar, dói pra caraio, parece que nunca vai acabar. Mas um dia acaba. E eu volto correndo pro meu quarto. Mas agora só me  resta esperar a próxima TPM. E quando  vier, estou torcendo pra essa durar. Porque não agüento mais esse stress. 

Bem, da mesma maneira que  em alguns momentos e indispensável o uso de um belo palavrão, há aquelas oportunidades onde uma pequena mentira se faz necessária. Não minha  criança, não vou  fazer nenhuma apologia à mentira alheia, longe de mim isso.
Mas  como assim? Você não mente? Você acha sinceridade cem por cento do  tempo é a melhor coisa?  Você nunca mentiu pra ninguém? É amigo, puxa essa cadeira ai que essa conversa vai ser longa.
Você nunca mentiu assim?
Uma vez ouvi dizer que um homem livre é aquele que  pode recusar um convite para sair sem ter que inventar nenhuma desculpa. Não sou um homem livre então. Se alguém me convida para sair ou para jantar, e eu simplesmente não quero ir, eu jamais vou dizer isso na cara da pessoa. Vou logo inventar um trabalho de escola, uma dor em algum lugar ou um parente falecido. E provavelmente se falei um desculpa dessa pra  você,  pode crer que foi mentira mesmo. Na próxima prometo ser um pouco mais criativo.

Digamos que um amigão seu te chama para fazer alguma coisa e você prefere ficar em casa jogando vídeo-game, você vai chegar pra ele e falar,  ô amigo, nun vai dar pra sair hoje não. eu sei que você quer conversar, mas é que eu acabei de comprar Street Fighter 4. Fica para próxima ai...? Você faria isso? Nem eu.

Agora imagina a cena ai: você chega na casa da sua namorada às cinco e meia. Vocês marcaram para às seis horas. Ela tem  meia hora para se arrumar. Simplesmente ela veste todas as roupas do armário, faz todas as combinações possíveis de roupa e isso dá mais  possibilidades de combinação que os possíveis números da Mega-sena. E quando dá sete e quinze ela sai do quarto com a mesma roupa que  tinha vestido cinco e trinta e cinco.
Você faz uma cara de aborrecido. Não  tão forte que jogue a menina em uma depressão eterna pela sua impaciência total e nem tão  fraca que a jogue na mesma depressão eterna por sua total falta de sensibilidade.
E assim?
Então ela vem toda perfumada e linda e pergunta como se  o mundo inteiro dependesse disso e pergunta:  O que você achou desse brinco, amor? Acho que vou trocar de roupa, não gostei. Mas o que você acha?
Para e pensa comigo: você no alto da sua total consciência iria se arriscar a dizer que não gostou do brinco e esperar mais duas horas porque o  tal do brinco não está combinando com todo a roupa? Por mim cara podia ser um pote de Danone pintado de verde fluorescente com a foto do Gilberto Gil pendurado na orelha que eu ia  achar o Maximo à essa altura do campeonato...

Isso sem falar quando você pede para sua mãe atender o telefone e falar que você não esta em casa quando aquele primo chato liga pedindo dinheiro emprestado. Eu  olhando para os peitos dela? Não amor, Claro que não mano. Eu tava olhando para o colar dela, bonito né? E até a clássica “não amor, Você só faz se quiser, Por mim tanto faz” E ai amigão, você nunca mentiu  mesmo? Não mente pelo menos  uma vez nos finais de semanas e feriados? Continua achando que a verdade nos libertará eternamente? Então para de ler isso agora, por que eu  escrevo para os humanos, não para o Capitão America nem pro Super-Homem. Mas se você se identifico, Junte- se a nós e admita que aquele brinco verde é horrível mas você nunca vai falar isso porque alem dela entrar em depressão vai levar mais duas horas para achar outro brinco ou uma roupa que combine com ele. Admita!

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Acharam o fim da página... Uma salva de palmas para Sherlock Holmes, nosso mais paciente e ilustre leitor!