E.T.

As vezes acho que as pessoas se perguntam qual seria o meu problema. Porque que eu sou gentil com pessoas que não conheço? Porque eu não me drogo? Porque eu não ouço musicas que ofendem outras pessoas? Porque gosto de ir a uma praia vazia com um violão e não a uma festa onde a ordem é engravidar alguém? Porque escolhi uma única mulher para compartilhar o que faço de bom sendo que posso ter varias em uma noite? E porque diabos eu ainda tento ser o que era para ser comum?

As vezes me sinto um estrangeiro, ou como alguém ingênuo o bastante para fazer o que todos falam e não querer fazer o que todos fazem. Todo mundo fala que a honestidade e o respeito são qualidades indispensáveis para uma pessoa, mas as mesmas que dizem isso estão pegando o dinheiro que o senhor por descuido deixou cair e não viu, são as mesmas que estão na fila xingando a moça que está a dez minutos tentando usar o caixa eletrônico, mas não vão ajuda-la.

...que não passa de ilusão

Faz algum tempo que queria falar sobre isso, sobre o desconforto e o prazer que sinto em não ser tão hipócrita desta forma. Está claro que o brasil é terra de malandros onde mentiras acompanhadas de  cheques são mais valiosas que uma dúzia de verdades e que por isso são tão valorizadas. Conheço pessoas que são admiráveis em palavras, mas em atos não valem o chão que pisam.
 Não quero diminuir ninguém nem dizer que esse tipo de pessoa não deveria existir, até por que isso vai de contra tudo o que eu acredito. Mas as vezes me sinto impotente entre essas pessoas, me sinto como se realmente eu tivesse um problema, me sinto como o infeliz que nasceu com o maldito senso critico.
Não pretendo mudar, não a mim. Sinto vontade de mudar essas pessoas que se recusam a acreditar nas próprias boas palavras, de fazer essas que se perguntam qual será o meu problema terem os mesmos problemas que eu. Até porque o problema não esta em mim, ou está?...

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Acharam o fim da página... Uma salva de palmas para Sherlock Holmes, nosso mais paciente e ilustre leitor!